Internet das Coisas

Israel Ferreira

Israel Ferreira
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Tornou – se cada vez mais necessário estar conectado através de dispositivos móveis com a internet, seja para assuntos formais de trabalho ou simplesmente enviar posts engraçados para os amigos. A diversidade de meios de comunicação é vasta e parece em expansão, pois hoje temos smartphones com seus aplicativos dinâmicos e variados, redes sociais que permitem nos deixar sempre conectados com todos independentes de que local estamos, óculos capazes de criar vídeos e visualizar antes de enviar para internet. Desse modo, fez-se necessário utilizar da tecnologia para muitas outras “coisas”, o que se pudesse imaginar. Como seria tudo mais prático se, ao chegar em casa, pudéssemos com apenas um click no celular ligar o som e o forno micro-ondas, visualizar o conteúdo dentro da geladeira por uma tela sem haver a necessidade de abri-la e enviar uma lista de compras para o supermercado já deixando pago a sua conta! Pois saiba que isso não é tão ilusório e muito menos ideia da sua imaginação.

A tendência das novas tecnologias é inserir chips e circuitos integrados em eletrodomésticos, em vestuários, em móveis e imóveis. Não tão distantes, empresas como a Dell, a Intel e a Samsung estão se organizando para criar um modelo único de conexões em um grupo chamado Open Interconnect Consortium (OIC). A ideia é desenvolver um protocolo comum para unificar os tipos de conexões em diferentes dispositivos padronizados. Recursos como wi-fi, bluetooth, e outros protocolos de comunicação sem fio e tecnologias embarcadas com utilização de “arduínos”. Dentre as aplicações já concretizadas podemos expor alguns exemplos:

Nike FuelBand SE: Pulseira inteligente que registra os movimentos do usuário de acordo com uma unidade de medida própria, chamada “Fuel“. Os dados são armazenados em um aplicativo para smartphone que se conecta à pulseira via bluetooth e pode gerar resultados de avaliações sobre as atividades físicas, enviar lembretes e ideias de exercícios para os usuários.

Goji Smart Locker: Fechadura inteligente que transforma o smartphone em uma chave para abrir e fechar a porta de sua casa, conectando o dispositivo ao celular por wi-fi e bluetooth ele poderá trancar a porta automaticamente, emitir alertas de segurança se a porta for destrancada incorretamente, bater uma foto de quem está na porta e criar chaves extras para pessoas que necessitam entrar na casa do proprietário em determinado momento do dia. O dispositivo tem suporte 24 horas para notificações de perda ou roubo do smartphone caso necessário.

Skully Hemelts: Trata-se de um capacete que suporta a tecnologia do Heads-Up Display (HUD) que significa “tela livre de mãos”. Na parte interna e inferior direita do visor do capacete existe uma pequena tela de vidro que mostra imagens da câmera traseira do capacete girando 180 graus e com instruções do GPS do smartphone. Conectado ao celular via bluetooth, o sistema permite ainda que o motociclista controle músicas e possa mandar textos e fazer ligações telefônicas.

LG Smart Lamp: A lâmpada inteligente da LG se conecta aos smartphones via bluetooth e wi-fi, porém está sendo vendida apenas na Coréia do Sul, terra natal da empresa. Custa US$ 32 (em torno de R$ 75). Ela é capaz de ser ligada e desligada pelo aplicativo no celular. O usuário pode ainda ajustar a luz da lâmpada de acordo com uma música, configurar quando deve se desligar e ainda configurar para que ela pisque quando alguém está ligando para seu número.

Novo protocolo

P Para tanto avanço tecnológico é necessário realizar mudanças na internet como a alteração do modelo de IP, protocolo identificador de rede, de IPV4 para IPV6. Este último deve ser bem mais amplo já que trabalha com 128bits contra os 32bits do IPV4. Até 2020, pelo menos 30 bilhões de computadores estarão usando o modelo de IP de 8 dígitos esgotando o IPV4 que aos poucos vai sendo descontinuado e gradualmente substituído pelo IPV6 podendo ser inserido automaticamente pelo endereço do MAC do sistema local. Outra diferença importante é em relação ao tamanho dos endereços IPV6. Eles são escritos em hexadecimal com 8 palavras de 16 bits cada (“2002:0000:0000:0015::0001 ou 2002:0:0:15::1”).

Segurança e privacidade

Uma questão importante que vem sendo discutida é quanto à privacidade e segurança dos usuários que acabam dispondo de informações pessoais na internet mesmos que seja criptografado, mas há sempre pessoas maliciosas tentando subverter ou roubar dados importantes de clientes e empresas. No entanto, existem falhas no IPV4 que o IPV6 corrige e falhas no IPV6 que não existem no IPV4, mas todas são geralmente bem particulares e casos isolados.

Israel Ferreira é estudante do curso de Sistemas de Informação da FA7 e bolsista voluntário do DESI  

Além disso, boas práticas que são baseadas em IPv4 terão de ser modificadas quando o IPv6 estiver sendo usado em larga escala. O fato do IPv6 ser mais novo pode levar a novos ataques que não haviam sido pensados anteriormente. Mas não há razão para temer pela falta de segurança em IPv6. Afinal, a busca pela informação e o treinamento são as melhores maneiras de proteger a sua rede. A Internet das Coisas promete ter um futuro promissor que deve facilitar a vida de todos com seus inúmeros aplicativos e dispositivos móveis. O aumento desses aparelhos trará uma nova realidade na vida de muitos mudando o cotidiano e talvez trazendo novos dilemas a vida de cada um.

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