Nintendo Switch

 

aluno gustavo vieira

Gustavo Augusto-Vieira
da Equipe Include[SI]

A japonesa Nintendo anunciou o Switch, seu novo console, a ser lançado no começo de 2017. Até então conhecido pelo codinome NX, o novo gadget da companhia que criou Mario e Zelda é um equipamento híbrido, que pode ser usado como portátil, como media player ou como console de mesa. A novidade, claro, divide opiniões. Grande demais para ser portátil e talvez com desempenho inferior para concorrer com outros consoles de mesa como PS4 e Xbox One (os detalhes técnicos ainda não foram divulgados), o fato é que a Nintendo surfa na onda dos equipamentos híbridos ou modulares. Uma onda que não é tão recente assim.

Ipad NanoBem antes do Apple Watch existir, muitas pessoas compravam pulseiras específicas para um dos modelos do iPod Nano, transformando-o em um relógio. A própria Apple, na época, lançou skins para deixar o player de música com “cara de relógio”. A Sony também lançou um acessório chamado PS Vita TV, que ligava o portátil PS Vita ao televisor. E quem vai comprar um smartphone nos dias de hoje, tem a opção de levar um Moto Z, da Lenovo, que permite customizar a traseira não somente com capas coloridas, mas com bateria extra, caixa de som potente e até um projetor. A LG também lançou um modelo similar. E os tablets, sensações há alguns anos, vem sendo trocados por equipamentos como o Surface ou o iPad Pro, que possuem tela de toque mas que funcionam bem como notebooks fininhos, com direito a teclado completo e tudo.

O fato é que hoje o consumidor dita as regras. Serviços online como o Netflix e YouTube deram o poder para que cada pessoa escolha o quê, quando e de que forma assistir televisão. O poder é estendido, inclusive, ao direito de produzir seu próprio conteúdo e compartilhá-lo, no caso do YouTube. Também é possível escolher a melhor forma de ler um e-mail. Desde que os jornais tornaram-se online, é possível ler apenas sobre assuntos específicos, ao invés de termos em nossos portões um caderno com um monte de notícias escolhidas pelos jornalistas. Sem falar na música. Ninguém precisa mais comprar um disco inteiro para ouvir apenas uma faixa preferida. Toda essa lógica avançou do software para o hardware.

AriaProjetos como Raspberry Pi e Arduino permitem que estudantes e pesquisadores criem hardware inovadores, que atendam às mais diversas demandas. As impressoras 3D também estão aí para provar que a criatividade humana não tem limites. Os PC gamers, já há algum tempo, customizam seus computadores, para deixá-los dentro de suas necessidades, e com uma cara de exclusivo. Porém, a indústria de eletrônicos de consumo também querem fazer parte disso. Por isso, lançam produtos que, segundo eles, se adaptam ao estilo de vida de seus consumidores. Claro que os avanços tecnológicos proporcionam isso. Tablets e notebooks já possuem especificações técnicas semelhantes e podem rodar o mesmo sistema operacional. Muitos consoles portáteis são tão avançados quanto os consoles de mesa. As aplicações web based exigem bem menos recursos que aplicações nativas. A moral da história? Quem desenvolve deve acompanhar todo esse movimento da indústria.

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