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Eduardo Mendes

Eduardo Mendes
da Equipe include[SI]

Era o ano de 2011, e eu como orientador das disciplinas de Estágio Supervisionado estava frustrado com o resultado produzido ao final de cada turma de Estágio, que era na grande maioria das vezes um conjuntos de CRUDs que não justificavam um sistema. Precisava dar uma guinada na condução da disciplina, fazer algo que fosse realmente motivante tanto para mim quanto para os alunos que orientava.

“nos era obscuro saber se conseguiríamos chegar ao nosso objetivo: finalizar a disciplina com jogos 2D implementados de forma completa e que transmitissem realmente uma experiência de jogo” 
Agora, já fazem 5 anos quando pela primeira vez propomos o desenvolvimento de jogos 2D na disciplina Estágio Supervisionado I, percebendo que havia também dos alunos um anseio na experiência com esta área. Não tinha a formação mais especializada para isso, e nos era obscuro saber se conseguiríamos chegar ao nosso objetivo: finalizar a disciplina com jogos 2D implementados de forma completa e que transmitissem realmente uma experiência de jogo.

Bem, o final daquele semestre chegou, e mesmo com uma tecnologia que não favorecia os “estagiários” acadêmicos, no caso Android puro, podemos dizer que a disciplina foi um sucesso, foram finalizados 6 jogos, desenvolvidos em duplas. Fato determinante para esse sucesso, foi a cumplicidade dos alunos daquele semestre em acreditar que seria possível, que eles fariam aquilo acontecer. Tenho que parabenizar aquela turma que primeiro se dedicou e fez de tudo para dar certo: William, Luis Fernando, Rommel, João Johannes, Alano, Priscilla, Zé Neto, Weslei, Igor Maia, Igor Alcoforado, Jonas e Ítalo.

Game play do Jogo Genius para Android, desenvolvido no 1.º semestre de 2011 por Jonas Ribeiro e Ítalo Augusto

 Logo percebemos que isso não poderia ficar assim, era preciso compartilhar com a comunidade acadêmica toda aquela experiência, que não poderíamos limitá-la apenas a quatro paredes 
A cada nova turma o sucesso deste formato foi se repetindo e muitos jogos foram desenvolvidos, mas durante um período essa produção fértil acabava só sendo conhecida pelos próprios alunos das disciplinas e pelos orientadores das disciplinas. Logo percebemos que isso não poderia ficar assim, era preciso compartilhar com a comunidade acadêmica toda aquela experiência, que não poderíamos limitá-la apenas a quatro paredes.

O surgimento do Festival de Software da FA7

Foi aí que propomos a ideia do que na época foi denominado 1.ª Exposição de Games da FA7, que se concretizou e na ocasião foram apresentados 26 jogos desenvolvidos pelas três turmas de Estágio Supervisionado I, orientadas por mim e pelo professor Marcelo Alcântara. Fomos para o pátio da FA7 com posters e computadores, e ficamos ali, demonstrando os jogos feitos. E foi surpresa para muita gente na FA7 que nem tinha ideia de que havia tal tipo de produção aqui. Diga-se de passagem, esta exposição deu orgulho a todos os que se envolveram, até mesmo aqueles que foram incrédulos de início. Esse compartilhamento surtiu um efeito não calculado: as turmas seguintes se sentiram na responsabilidade de fazer trabalhos tão bom quanto àqueles do evento de pontapé. E o que vimos foi a qualidade dos trabalhos crescerem progressivamente.

1.º Festival de Games da FA7

1.º Exposição de Games da FA7

Assim, chegamos em novembro de 2015, quando foi realizado o IV Festival de Software da FA7, que contou com a participação de todas as disciplinas de Estágio Supervisionado, I , II e III, de outras disciplinas que produzem software e de startups que queriam apresentar seus produtos. A organização agora envolve os alunos do curso, que assumiram a montagem do Festival. Nesta última edição houve a apresentação de 32 produtos de software entres jogos 2D e 3D, sistemas web e aplicativos para dispositivos móveis, com uma ampla participação de público que veio conferir a mostra.

O evento cresceu, a qualidade dos trabalhos também, conseguimos transportar as apresentações de dentro da sala para levarmos à comunidade, ótimo. Mas…, e depois disso? Ainda faltava algo para completar toda essa mudança. Tínhamos que de alguma maneira registrar essa produção para que mais gente conhecesse o que se faz no nosso curso, para que a referência do trabalho não fosse só da memória do dia do Festival, para que o que se produz sirva de base para as turmas futuras, de fonte de pesquisa, para que permaneça.

Enfim, o Contêiner 7

Falei tudo isso para apresentar o motivo principal deste post: é com uma satisfação imensa, que apresentamos para a comunidade acadêmica o Catálogo de Software do Curso de Sistemas de Informação da FA7, o Contêiner 7.

O catálogo já começa com 2 volumes e 3 números, registrando a produção realizada nos anos de 2014 e 2015 no curso de Sistemas de Informação. Digamos que esta seja a versão beta, pois estamos, aqui no DESI, finalizando sua editoração, ainda procurando a melhor forma de registrar tudo isso, ainda fazendo alterações na organização das informações e dos conteúdos, mas queremos compartilhar com o curso e com todos que têm seus nomes ali como autores de trabalho para que possamos completar as informações e apresentá-las da melhor forma possível.

O Contêiner 7 traz benefícios para todos os envolvidos, para os alunos e professores principalmente, que poderão ter seus trabalhos publicados e comprovados. Também traz mais responsabilidade, de fornecer um periódico que tenha qualidade com produtos de qualidade, o que deve beneficiar ainda mais os festivais. Com esses primeiros volumes já sabemos que temos que melhorar a forma de coletar informações, temos que também que ter posters com um número maior de informações. Mas se é pra melhorar e pra ter mais qualidade, nós o faremos. Sugestões e críticas construtivas são super bem-vindas.

Esperamos que o Contêiner 7 contribua com a melhoria da nossa produção acadêmica e que nos faça sentir orgulho de nós mesmos.

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