League-of-Legends

 

aluno gustavo vieira

Gustavo Augusto-Vieira
da Equipe Include[SI]

Uma reportagem de TV, exibida pelo Fantástico (19 de julho de 2015), repercutiu bastante entre os alunos do curso de Sistemas de Informação da FA7, sobretudo os que jogam League of Legends (LOL). A matéria contou a estória de pessoas viciadas no jogo e associou o vício dessas pessoas a crimes como prostituição, clonagem de cartão de crédito e pedofilia. A exibição se dá exatamente no momento em que jogos online ganham visibilidade no Brasil, com milhares de fãs espalhados pelo País e também com a consolidação das competições online como esporte virtual. Lá fora, em países como a Coreia do Sul, os atletas virtuais – ou ciberatletas – viram ídolos entre os jovens e ganham diversos prêmios. Além disso, as finais dos campeonatos são eventos nacionais, com direito a transmissão na TV. Por aqui, alguns jogadores ganham dinheiro participando de campeonatos e fazendo streaming em canais específicos para gamers na internet. Algumas empresas, como Extra e Samsung, estão de olho no filão e já associam suas marcas aos games.

Opinião dos jogadores

Foto da aluna Monica Arruda

Mônica Arruda

A estudante do quarto semestre Mônica Arruda classifica a matéria como sensacionalista. Ela, que participa de campeonatos, faz streaming de partidas e chega a passar horas na frente do computador, diz que não deixa de curtir a vida por conta do jogo. “Toma muito do seu tempo? Toma sim. Mas você se diverte”, diz. “Não me afastei de ninguém. Tenho namorado, amigos, amigas, saio de casa”. Sobre pornografia na web, ela argumenta. “Cada um faz o que quer. Não vai ser um jogo que vai te induzir a fazer isso. Isso tudo é sensacionalismo”.

Murilo Marques é fã de videogames

Murilo Marques é fã de videogames

A opinião do estudante Murilo Marques, do quinto semestre, é que a mídia dificilmente mostra algo bom relacionado aos jogos eletrônicos. “Quase sempre associam os jogos à violência, ao vício, ao isolamento social. Isso precisa mudar”.

Ferreira Disney acredita que a reportagem da TV Globo generalizou muito os players. “Realmente existe pessoa que gasta horas e muito dinheiro em jogos, mas não é a maioria”, argumenta. “Existe caso em que a pessoa gasta 8 horas no LOL, mas está ganhando para isso: fazendo streaming ou treinando em equipe. O grande lance é que no Brasil jogos e jogadores são ainda vistos com maus olhos. E isso vai durar até que a cultura brasileira comece a aceitar alguns jogos eletrônicos como esporte”.

Opinião de especialista 

Jogador de LOL e outros games, Disney chega a passar madrugadas jogando

Jogador de LOL e outros games, Disney chega a passar madrugadas jogando

Para aprofundar um pouco mais a discussão, INCLUDE foi ouvir a psicóloga clínica e escolar Tétis Falcon, que entre uma sessão e outra, nos concedeu a entrevista a seguir:

Quando jogar online deixa de ser um lazer para se tornar um vício? Antes de mais nada, muito legal o tema. Ele é muito atual e necessário ser discutido a sério. Bem, Vício é uma palavra que significa dependência para conseguir suportar a vida. Então penso que passa a ser no momento em que o jogo se torna uma prioridade em relação a tudo e todos, como relacionamentos, alimentação, esporte… Ou seja, quando o jogador passa a ficar mais tempo no jogo do que com outras pessoas ou afazeres.

Dra Tetis Falcon

Dra. Tétis Falcon, psicóloga

E isso pode variar de uma pessoa para outra? Claro. Tem pessoas que jogam muito e sabem administrar trabalho, família e relacionamentos em geral e não se prejudica com o jogo. Para mim essas pessoas não devem ser colocadas no lugar de viciadas.

Alguns colegas meus acreditam que os viciados em jogos online poderiam ser viciados em qualquer coisa. Isso faz sentido? Faz sim, pois há pessoas com tendência a desenvolver o vício, podendo ser qualquer coisa: jogo, droga, álcool, chocolate, sexo, compras… Essas pessoas querem preencher algo que falta com o vício. Querem aliviar angustia de forma imediatista⁠. Normalmente são pessoas que vivenciaram alguma situação traumatizante ou dificuldade na família quando criança, como rupturas, mortes, agressões. Mas não há uma regra para encaixar pessoas ou classificá-las. É necessário ver todo o contexto de vida. Por isso, apesar de fazer sentido, não podemos agir de forma reducionista. Não há também só isso. Há uma cultura em torno do jogo. Caso de crianças que muito cedo entram em contato com ele sem a mediação adequada da família. Não sabemos onde isso vai dar. Há a psiquê e a cultura.

Uma última questão. Existe alguma dica para os pais, como estabelecer tempo na frente do computador ou coisa do tipo? Com certeza! Tem a mediação do tempo e também a proposta de substituir o jogo por outras atividades qualitativas familiares. E também a retirada, quando necessário. Atualmente até os país estão viciados em internet. Por isso, o sintoma em massa.

SERVIÇO
Dra. Tétis Falcon
(85) 8104.1621

Canal da Mônica Arruda no Facebook
https://www.facebook.com/riyuukaa

MAIS
Veja a matéria do Fantástico no link http://g1.globo.com/fantastico/noticia/2015/07/vicio-em-jogos-virtuais-pode-levar-prostituicao-e-ate-pedofilia.html

Print da matéria do Fantástico

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