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aluno gustavo vieira

Gustavo Augusto-Vieira
da Equipe Include[SI]

Você aí todo feliz de smartphone novo, instalando tudo quanto é aplicativo. Daí vai procurar o aplicativo do shopping para pagar o estacionamento e não lembra em que tela está o danado do ícone. Menos mal. Pior seria se você tivesse um aparelho bem simples e não tivesse tanto espaço de armazenamento para instalar os apps que você gosta. Somos a toda hora estimulados a instalar essa ou aquela aplicação. Isso ocorre porque, afinal, existe aplicativo para praticamente tudo. A criatividade dos desenvolvedores não tem limite! Mas será que precisamos de tantos aplicativos, meu povo? Será que mobile sites não resolveriam aí parte da nossa demanda por serviços online? Sim e não. Não necessariamente nessa mesma ordem.

APPS INÚTEIS

É muito pretensioso da minha parte classificar algo com inútil. Até porque o que é inútil para mim pode útil para outra pessoa. Mas fiz aqui uma listinha de apps com ajuda dos meus colegas.

iBeer

Acho que foi meu primeiro aplicativo Android que usei, num aparelho HTC Magic (o segundo aparelho Android lançado – sim, eu tive um!). Basicamente, ele usa o giroscópio do aparelho para simular uma caneca de choppe sendo “bebida”.

iCandle

Simula uma vela e usa o microfone do aparelho para apagá-la com um sopro. Usado nas empresas no aniversário de alguém.

iFart

Simulador de flatulência. Desnecessário, no mínimo.

Whip

O simulador de chicote ficou famoso quando surgiu no seriado  “The Big Bang Theory”. Usa o giroscópio do aparelho para emitir o som. Depois de usar a primeira vez ele já perde a graça.

Vuvuzela Plus

O simulador de vuvuzela é tão irritante quanto o instrumento musical.

urlDurante muito tempo, o Facebook tinha um aplicativo baseado em HTML5. Os usuários da mais famosa rede social dessas bandas vez ou outra reclamavam da performance da aplicação. Em 2012, o Facebook lançou uma versão totalmente reformulada e codificada como um aplicativo nativo, o que deixou o serviço mais rápido e mais eficiente para quem o utiliza no smartphone. O motivo? Provavelmente, como o Facebook utiliza muitos recursos de hardware (câmera, GPS, acesso à pastas internas, etc.), uma aplicação nativa – explico já já pra quem não sabe – traria uma experiência de uso muito melhor que uma aplicação híbrida ou web-based (também explicarei o que é isso.). E não é que funcionou? O sucesso do Facebook como maior rede social se deve em partes à qualidade da experiência de uso que o aplicativo mobile proporciona. Mas nem sempre uma aplicação nativa vale a pena.

Notificação do Facebook no navegador Chrome para Android

Notificação do Facebook no navegador Chrome para Android

Aplicações nativas são aquelas desenvolvidas especificamente para um determinado sistema móvel, como iOS e Android. Elas usam linguagens e ferramentas de desenvolvimento específicas para cada plataforma.  Para desenvolver um aplicativo para iOS, o sistema que equipa alguns dispositivos portáteis da Apple,  por exemplo, você precisa usar a ferramenta Xcode para criar um app com a linguagem Objective-C ou com, mais recentemente, Swift. Claro que, para isso, um desenvolvedor precisa dominar uma das linguagens e também a ferramenta. O resultado é bem performático pois os aplicativos nativos tendem a ser melhores que os híbridos. Falemos agora deles então.

Segundo o W3C, os apps híbridos são chamados assim porque combinam tecnologias de desenvolvimento web – como HTML5, JavaScript e CSS – com elementos nativos. Isso quer dizer que o desenvolvedor desse tipo de aplicativo precisa dominar tecnologias de desenvolvimento web e algumas de suas ferramentas para depois adaptar a aplicação para a plataforma desejada. O processo pode ser mais rápido, mais barato e mais eficiente. Isso claro, se o projeto, não exigir tanta performance da aplicação. A grosso modo, seria como se o aplicativo fosse praticamente o mesmo no Android e no iPhone. Claro que, adaptado aos serviços de nuvem de cada plataforma.

A web morreu?

Muita gente até esquece do pobre do navegador que vem em todo smartphone. Chrome, Safari, Firefox e Opera têm versões móveis poderosas. E como a criatividade dos desenvolvedores não tem limite, os web apps podem substituir os aplicativos que estão instalados aí no seu smartphone. Isso, claro, sem ocupar um 1kb sequer do seu armazenamento interno. Os sites de notícias, por exemplo, conseguem oferecer experiências de uso iguais ou semelhantes àquelas proporcionadas pelos seus apps. BBC, CNN, Huffington Post, Folha e G1 são alguns deles. Quase todos oferecem vídeos, interatividade e outros recursos que existem tanto na web como nos aplicativos. Além deles, serviços famosos, como Twitter, Google Maps, You Tube e Mercado Livre, também possuem sites que dispensariam a instalação de apps.

Adicionando um site à area de trabalho

Adicionando um site à area de trabalho

Alguns navegadores móveis já permitem inclusive notificar o usuário em caso de atualização. O Facebook.com (ele, sempre ele), por exemplo, já notifica o usuário que não tem o aplicativo para Android instalado mas que acessa a rede social através dos navegadores Chrome e Opera. E as notificações parecem com as nativas do sistema. Legal, né? Agora imagina esse recurso nas mãos de um bom desenvolvedor web. Ou seja: deve vir muita coisa boa por aí. Isso porque, mesmo sem ter a mesma performance de um app nativo, as aplicações web têm seu charme. Um projeto assim pode ser responsivo, facilmente atualizável, pode ser publicado mais facilmente uma vez que não precisa ser submetido a uma loja virtual. Já o usuário não precisa baixar, instalar ou atualizar. Outra vantagem é que ele pode rodar em qualquer navegador moderno, independente da plataforma. Difícil mesmo é convencer o usuário a digitar “www alguma coisa” já que muita gente, como falei há pouco, esquece que existe o navegador web do celular.

Moral da estória

Para o desenvolvedor, escolher entre um app nativo, híbrido ou rodando na web também faz parte de uma das partes mais importantes de um projeto: a análise de requisitos. Vale a pena colocar na ponta do lápis os pros e contras de cada um antes de por a mão na massa. Avaliar a relação impacto e esforço pode ser útil. Já o usuário pode avaliar se vale a pena instalar determinados apps. Sempre é bom lembrar que apps ocupam armazenamento e espaço na memória do aparelho. E muitos deles estão disponíveis na web. Duas soluções úteis: usar os favoritos do navegador ou adicionar seus sites favoritos na tela inicial. Os sites ganham ícones, como os dos apps.

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