jovens usando aplicativo numa balada

Há muito muito tempo atrás… Aliás, nem faz tanto tempos assim. Falo dos anos 90, pra ser mais exato, onde a paquera rolava solta nos canais do MirC. Daí veio o ICQ. Depois o povo passou a se paquerar pelo MSN Messenger. O tempo passou e tal. Hoje o povo se conecta através do celular, em apps como Snapchat e WhatsApp. Pois é. Mas quando você resolve sair para um barzinho ou uma festa e não conhece ninguém? Pensando nisso, três desenvolvedores de Fortaleza – dois deles ex-alunos da FA7 – resolveram criar o Spotchat (http://spot.chat/). Com a nova aplicação, os locais de Fortaleza se transformaram imensas salas de chat.

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Marlos Távora, Thiago Amarante e Evertonildo Maia são os caras por trás do Spotchat. Marlos, que estudou Matemática na Universidade Estadual do Ceará (UECE) e   Engenharia de Software na Faculdade 7 de Setembro (FA7) ficou responsável por definir a direção geral e a estratégia de produto da empresa, realizar o planejamento dos serviços do Spotchat e o desenvolvimento da infraestrutura e de tecnologias principais, criar os materiais gráficos, atualizar as redes sociais (Facebook, Twitter e Instagram), além de prospectar e conversar com possíveis parceiros. Atualmente, ele trabalha como coordenador do desenvolvimento da empresa Lux Soluções Inteligentes.

Thiago, que desenvolve sistemas desde os 11 anos de idade trabalha como analista de sistema da Proteus Security, na Flórida, nos EUA. Ele se dedica ao Spotchat durante as madrugadas e nos fins de semana. “A nossa história no desenvolvimento do app iniciou em meados de 2008, quando começamos a trabalhar na mesma empresa, mas já nos conhecíamos, porque éramos vizinhos”, explica Marlos. Thiago atuava na Lux Soluções Inteligentes como desenvolvedor e Marlos como estagiário. “Criamos dois aplicativos, até chegar ao Spotchat”. Em 2012, eles lançaram um aplicativo chamado iuPlace. Durante o desenvolvimento do iuPlace, o Thiago mudou-se para Miami, nos Estados Unidos. Lá, conheceu um investidor que acreditou na ideia e nos concedeu um valor para tocarmos o projeto. Em 2013, eles lançaram um novo aplicativo, chamado VilleApp, que funcionava como um real-time da cidade. Tratava-se de uma plataforma colaborativa, onde cada usuário era o disseminador do que estava acontecendo na cidade. No final de 2014, eles resolveram desenvolver outro aplicativo, o Spotchat. A primeira versão foi lançada em junho de 2015. Pouco tempos depois, Evertonildo Maia foi procurado para ajudar nas áreas que os demais não detinham no projeto

Em menos de 3 meses desde o lançamento, o aplicativo ultrapassou a marca de 4000 downloads.

O público parece ter gostado da proposta. Em menos de 3 meses desde o lançamento, o aplicativo ultrapassou a marca de 4000 downloads. Segundo dados fornecidos pelos próprios desenvolvedores, foram realizadas neste período mais de 325 mil ações, 55 mil conexões, 18 mil check-ins e 31 mil e quinhentas mensagens trocadas. Esses números devem crescer – e muito – nos próximos meses – uma vez que o aplicativo deve chegar a outros mercados (por enquanto ele utiliza apenas os locais de Fortaleza). Os caras conversaram com a INCLUDE[SI] sobre a novidade. Na entrevista, eles falaram sobre as tecnologias usadas, os desafios para a criação do aplicativo e ainda deram dicas para quem está começando.

Marlos e Thiago

Marlos e Thiago

Como surgiu a ideia de criar o Spotchat? De onde veio a inspiração? 

Marlos Távora: A ideia do Spotchat já vem amadurecendo desde meados de 2010 quando Thiago e eu percebemos em nossas saídas a baladas e barzinhos a necessidade de algo que facilitasse o primeiro contato entre pessoas que estavam no mesmo local. Além disso, sempre gostamos da ideia de trazer mais interatividade aos estabelecimentos da cidade. Como somos da área de tecnologia, pensamos em como poderíamos usar esse meio para resolver esse problema e começamos a amadurecer o serviço que oferecemos hoje.

Que tecnologias estão por trás do aplicativo?

Marlos Távora: Para o background da aplicação utilizamos tecnologia .NET C# hosteados no Azure, plataforma cloud da Microsoft. Utilizamos as melhores tecnologias disponíveis no mercado para proporcionar uma ótima performance e fácil escalabilidade. Para o front-end, trabalhamos com tecnologia híbrida que permite o compartilhamento da maior parte de código e interface do projeto, proporcionando um desenvolvimento rápido e de fácil manutenção. Nessa plataforma hibrida nós usamos tecnologias como HTML5, Javascript, TypeScript, CSS3, dentre outras frameworks.

Quanto tempo durou o processo de desenvolvimento, desde a concepção até a publicação nas lojas virtuais?

Equipe: Levamos pouco mais de três meses de desenvolvimento até o lançamento da primeira versão do aplicativo. De lá até aqui já lançamos mais duas versões com melhorias e novas funcionalidades sugeridas pelos nossos usuários.

tela do aplicativo

Qual o grande barato do Spotchat? Que aspectos você aponta como diferencial? Equipe: O grande barato é a possibilidade de conhecer pessoas e ambientes a partir de informações dos próprios usuários utilizando-se do conceito de chat, que é muito mais dinâmico que o conceito de postagem utilizado em outras redes. No Spotchat tudo acontece quase instantaneamente. Além disso, o Spotchat não é apenas um aplicativo que facilita o primeiro contato entre pessoas que estão no mesmo local, somos uma plataforma de comunicação onde além desse primeiro contato facilitado é possível acompanhar o que está acontecendo em tempo real em seus locais favoritos e ter um canal de comunicação direto com locais da cidade.

Quais foram os principais desafios no desenvolvimento desse projeto? Evertonildo Maia: Nosso principal desafio é a divulgação do aplicativo. Estamos fazendo coberturas em eventos, distribuindo panfletos e cartões dentre outras ações. Com essas nossas ações já passamos dos 5 mil usuários em pouco mas de 3 meses da primeira publicação. Nosso desafio atual é conseguir chegar a 10 mil usuários até o final de novembro de 2015.

Evertonildo

Evertonildo

Quais são os planos de vocês a partir de agora? Uma nova versão está a caminho? Equipe: Estamos preparando uma nova versão com várias melhorias e surpresas. Essa nova versão promete ser um divisor de águas entre a experiência de hoje e a experiência que desejamos para nossos usuários no futuro. Com essa versão, pretendemos expandir o serviço de uma maneira mais eficiente para todos os Estados do País. Para isso, já estamos conversando com parceiros de outros Estados que irão nos ajudar nessa expansão.

O que você tem a falar sobre a formação que recebeu na FA7? Como ela te ajudou a ser o profissional que é hoje? Evertonildo Maia: A FA7 é uma faculdade moderna e pensa moderno. Todos nós, alunos e ex-alunos, temos muito a agradecer a instituição, pois nos dá muito apoio e nos atende sempre que possível. Sua grade de disciplinas nos ajuda a conhecer o que enfrentaremos quando sairmos para o mercado de trabalho e os professores são bons aliados nesses desafios.

Qual o recado que você manda para a moçada que tem um monte de ideia na cabeça mas ainda não publicou uma aplicação? Evertonildo Maia: Se você esperar muito por um melhor momento, certamente virá uma outra pessoa e fará tudo antes de você. Portanto, se tem uma ideia, desenvolva-a, mostre pros amigos, ouça sugestões e opiniões. Certamente sua ideia será melhorada e mais facilmente aceita por todos.

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